Icebergs são constituídos
primordialmente de água doce,
conquanto não puramente, dado que podem trazer em seu interior outros corpos
(animais, fósseis ou não). Não se devem confundir com banquisas (plataformas de água do mar congelada no inverno), que raramente resistem ao verão.De cada
iceberg, apenas cerca de 10% da sua massa (ou volume, dado que a massa específica da água, mesmo no estado sólido, é
significantemente próxima de 1 g.cm−3) emerge à
superfície. A rigor, a massa
específica do gelo em
condições polares vale 0,917 g.cm−3, e permanece
essencialmente constante durante toda a "vida" útil do bloco como
tal, embora lenta, mas progressivamente crescente com o decurso do tempo e o contato com o meio por onde flutua. Os demais
cerca de 90% permanecem submersos, donde o enorme perigo que conferem
especialmente à navegação.
Em se tratando de dimensões lineares, notadamente a altura, tem-se que, em
média, cerca de 1/7 do iceberg aflora, emerso, à superfície, enquanto
os demais 6/7 constituem a porção oculta, o lastro submerso da massa polar
flutuante.A
flutuação do iceberg decorre do fato físico de apresentar o gelo polar
(de água doce) massa
específica (ou densidade absoluta) de cerca de 0,917
g.cm−3, enquanto a água do mar,
por ser solução salina, apresenta massa específica necessariamente maior do que
1 g.cm−3 (em
média, 1,025 g.cm−3). Assim, pelo Princípio de Arquimedes, o iceberg
necessariamente flutua na água do mar. As dimensões lineares (alturas) e as
massas e os volumes emerso e imerso (submerso) calculam-se pelas leis hidrostáticas.Desse
fato concreto da natureza decorre o dito popular (conotativo)
de que "isto ou aquilo é apenas a ponta do iceberg", para se referir
algo (empreendimento, problema, concreto ou abstrato, ou situação) que aparenta
ser de simples enfrentamento ou solução, quando, na verdade, é de complexidade
ou envergadura consideravelmente maior, a inspirar, pois, por cuidados maiores
que os apenas evidentes.

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